quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ANÁRQUICO POETA DO SEU DESTINO
(O ESCREVEDOR DE DESTINO)

Quando o primeiro segundo
De insana sã sanidade
... No mundo nasceu
Segundos depois nasci o poeta
Com todas suas farpas e palavras indigestas
E só muitos séculos depois criam Deus
Para a salvação dos seres contraventores
Que viviam felizes a luz da sombra
De suas mediocridades.
Houve tempos de sombras e trevas
Sangue e torturas
A palavra CALOU!
E o poeta hibernou por muitos invernos.
Silencio!
Trovões! Relâmpagos! Tempestades!
Terremotos! Maremotos!
A face do mundo como num vomito
Regurgita o poeta para novos tempos
Que ferve âmago adentro da vida
E a palavra toma forma, cresce
E multiplica-se mais que instantaneamente
E novamente o poeta é perseguido,
Preso, torturado e enclausurado
Por não ser compreendido.
Mas de seu cárcere
Ele lançava sementes e lamentações ríspidas
Ao vento soturno das noites
Que ao caírem no solo germinavam
Com tamanha vontade de gritar
ARAMES FARPADOS E CACOS DE VIDROS!
Aos seres mortais que ainda hasteiam
A bandeira da mediocridade.
É inverno ainda para os seres
E a luz acesa esta a portas fechadas E só.
E a paisagem do mundo no frio causticante
Ressecou as pupilas da liberdade.
E lá fora no meio da multidão
A palavra se mistura aos passantes.
Poetas insurgentes livres nas ruas!
Polinizando poesias!
Arando a terra infértil para a palavra!
Na escuridão do ser!
Na mediocridade da vida!
Para os seres ainda cegos!
O poeta é um incrível pássaro
Que voa em altitudes inimagináveis
Através dos tempos a escrever seu destino.

Sinquê D’Mello, Rraimund Hazullw, Anna Voegg, Psar Martins, Ysac Nunes Faustino, Mary Dom, Herculano Dubenvindo
(Poetas do Churume Literário)
Parabéns Carlos Barros!

Marituba, 28-10-11

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