quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ESCREVA...
Sentada a escrever sobre impossibilidades que lentamente vão sendo aceitas pelo corpo.
Percebi que a faceira solidão se abancando a meu lado, com leve gentis caricia de mãos e aconchegando a face sobre o ombro a me dizer com total calma do mundo: “Que tudo haverá de ficar bem”.
Eu desistir de forcejar contra minhas próprias fraquezas que tanto sustentam a mim, como um alicerce sobre rocha vulcânica que sustenta uma bolinha de sabão.
... Queria que no momento a minha desconfortada angustia fugisse de minhas mãos e o mundo começasse novamente como uma roda gigante, e ele parasse, de vez em quando, para eu deixar de ser, por alguns míseros minutos, quem sou, sendo quem não sou.
É que hoje dei um tempo para o acaso e o expulsei porta a fora de mim.
A danada das horas perdidas que sempre me atrasava me convencendo que o melhor a ser fazer é dá corda na ampulheta das lembranças para poder dormir, pelo menos, com a cabeça mais esvaziada.
E se eu me impusesse contra tudo isso? Respondendo aos questionamentos da divina comedia do agora, enquanto estou sentado escrevendo, acho que não valeria de nada.
O tempo oscila com seus altos e baixos de mentirinhas, que os pendura, mesmo sem eu esta por perto, sobre a cabeceira da cama no luar desprovido de qualquer pudor.
Eu? Aceito qualquer coisa inaceitada, só para ter com que me comunicar com todos que me lêem agora.
Achou que não me leria por mais de duas vezes, como faço.
A primeira, quando estou sentada escrevendo e outra quando estou corrigindo, má e porcamente, mas aconselho todas e todos a tentarem escrever qualquer coisa que quiserem e postem com seus nomes ou pseudônimos, quem saber não se identificam com este mundo cheio de outros mundos que esta esperando suas palavras, elas sendo corretas ou não.
Pois somos eternos aprendizes dos acertos.

Anna Voegg
Belém, 25-08-11.

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